terça-feira, 18 de setembro de 2012

ISTO AQUI É UMA GUERRA

Artigo baseado no documentário "O Prisioneiro da grade de ferro"




               O pitbull é um cão que tem uma força de mordida de 200 kg, o que equivale a 4 sacos de cimento. Sua boca abre de uma orelha a outra, permitindo um perfeito encaixe dos dentes, com isso, ele morde e não solta a presa. É um cão muito poderoso e se não for criado por criadores responsáveis que o respeite e o trate bem, se torna extremamente agressivo. E isso pode ser fatal... Imagina um pitbull que cresceu preso a uma corrente, encarcerado dentro de um canil minúsculo e que foi chutado todos os dias de sua vida? Quando ele conseguir sair desse canil, pode ter certeza que ele odiará e morderá a primeira pessoa que atravessar na sua frente. A mesma coisa pode acontecer com pessoas encarceradas. Não estou dizendo que as pessoas são como cães, mas todos tem algo em comum: o ódio e a raiva como defesa.
                Agora imagina um rapaz que cometeu pequenos delitos como furtos e foi condenado a viver do lado de um assassino que já matou umas 40 pessoas. Esse rapaz vai poder aprender muitas coisas com este assassino, inclusive aprender a matar. É interessante ver como um crime puxa o outro.  É interessante ver que quando se entra nesse mundo de crimes, a tendência é sempre ir aprendendo outros crimes mais hediondos. É notório como a nossa sociedade ocidental tem essa mania de tratar a “doença” ao invés de “preveni-la”! Posso chamar de doença o mundo da criminalidade, uma doença que a sociedade é a própria culpada! Essa criminalidade no Brasil tem a sua raiz na falta de criação e aplicação de políticas públicas, fato que produz, além dos crimes mais comuns, a reincidência, pois geralmente aqueles que vivem na criminalidade não têm a oportunidade de emprego, lazer e acesso a escola. Os indivíduos que praticam pequenos delitos e são encarcerados dentro das penitenciárias, muitas vezes, poderão desenvolver um potencial criminoso sem limites, pois geralmente terão um contato maior com o mundo do crime dentro das próprias penitenciárias. Irônico isso, não? Cometer pequenos delitos é como um “vestibular” para entrar na Universidade dos Crimes. Sabe qual o nome dessa Universidade? Chama-se PENINTENCIÁRIA! E elas estão recebendo mais e mais alunos! A população carcerária mais que dobrou nos últimos 11 anos. Foi de 233 mil presos, em 2000, para 496 mil no ano de 2011 - um salto de 113%. Segundo dados do Depen (Departamento Penitenciário Nacional), do Ministério da Justiça, só entre 2000 e 2005, a quantidade de presos subiu 55%, somando 361 mil. De quê adianta prender e humilhar o indivíduo e não proporcionar a ele políticas que realmente o farão sair da criminalidade? Realmente a música do Eduardo do Facção Central é a mais pura verdade: “Sistema carcerário ainda é curso pra latrocínio”...
                Como toda a regra há exceção, sempre haverá aqueles que realmente abandonam a criminalidade quando saem das penitenciárias. Esse número de pessoas que abandonam os crimes poderia ser maior se houvesse a real criação e efetivação das políticas públicas e uma maior atenção à educação no país. Enquanto não é feito isso, temos de conviver com outros tipos de números maiores: pouco mais de 512 mil pessoas foram assassinadas no Brasil entre 1997 e 2007, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em dez anos, morreram dez vezes mais vítimas de homicídios do que os Estados Unidos tiveram de vidas sacrificadas nos anos de guerra do Vietnam. É isto mesmo: vivemos em uma guerra! De acordo com o Mapa da Violência 2011, que faz uma análise com dados comparativos entre 98 e 2008, entre as causas externas, o homicídio é responsável por 40% das mortes de jovens. No Brasil, o índice de mortes por homicídio entre jovens é o dobro da média geral: 50 brasileiros de 15 a 24 anos são mortos por ano para cada 100 mil habitantes. Espírito Santo e Paraná são os estados com maior índice de mortes violentas de jovens.
                A guerra já começou há tempos e está matando qualquer um: seja rico, pobre, branco ou negro! As casas já estão virando verdadeiras prisões com seus sistemas de segurança e suas grades de aço. Nossas crianças já dão aulas de como manobrar fuzis! Não adianta culpar o traficante, o assaltante ou o menino de rua! Eles são produtos de uma sociedade que é uma fábrica de criminalidade! Quando não se oferece às pessoas que erraram uma oportunidade para realmente mudarem de vida, quem perde mais com isso é a própria sociedade, pois a fábrica de criminalidade continuará a todo vapor. Enquanto nós não cobrarmos uma verdadeira educação e políticas públicas para o nosso povo, o que vamos produzir é isso: um mundo em guerra! Veremos o cenário nacional cada vez pior. E não é brincadeira isso! Se você acha que essa guerra nunca irá lhe afetar, espere até ver a sua filha ou a sua esposa ser estuprada em cima do seu corpo furado por uma 380! 

Documentário "O Prisioneiro da grade de ferro"
Obs: Documentário baseado na penitenciária Carandiru



domingo, 9 de setembro de 2012

BRINCAR DE CASINHA



Artigo baseado no documentário "Meninas" 



          
             Lembro-me da minha infância como se fosse ontem. Brincávamos de fazer “cabaninhas” com pedaços de troncos no meio do mato. Cobríamos o teto das “cabaninhas” com lonas velhas e achávamos que estávamos construindo mansões. Nós adorávamos isso! Usávamos umas bonecas velhas e dizíamos que eram nossas filhas. Fazíamos até jantares especiais regrados com uma plantinha que aqui em Minas chamamos de “Azedinha”. Eu era louca com a Barbie, mas como minha mãe não podia comprar, eu tinha que me contentar em brincar com um pedaço de uma embalagem que tinha a foto da boneca. E não me importava com isso, pois na minha imaginação eu inventava muitos contos de fadas. Lembro-me da casa da minha avó, onde eu e meus primos subíamos no pé de goiaba e no pé de manga. Era o máximo! Parecia que estávamos escalando montanhas! O que eu posso dizer é que, apesar de ter perdido meu pai com 7 anos de idade, a minha infância foi inesquecível! Brinquei de boneca até os 13 anos de idade e não tenho vergonha disso. Hoje as meninas nessa idade brincam sim, mas são com “bonecas” vivas.
           Eu fico extremamente chocada com o que vem acontecendo com as crianças e adolescentes atualmente.  Antigamente, com os meus 14 ou 15 anos, lembro-me que uma paquera durava semanas ou até meses. E isso ficava só na troca de olhares e sorrisos mesmo. Era um jogo de conquista maravilhoso, aquela inocência de chegar da escola e ficar imaginando o rosto e o jeito do garoto.  Hoje em dia, as meninas, nos seus bailes da vida, já vão logo para a cama dos garotões. Esquecem de sonhar como uma garota normal. Esquecem que ainda são “meninas” apesar de terem os corpos desenvolvidos como o de uma mulher. Aí voltam a brincar de bonecas depois de 9 meses. E quando dizem que “amam” o fulano, aí depois de 1 mês já “amam” o outro cicrano? Meu Deus, o que elas entendem de “amor” de uma mulher para com um homem? Elas nem têm experiência em relacionamentos duradouros para saber o que é um verdadeiro “amor” de casal. E nem ouviram falar que relacionamentos não são baseados apenas em amor ou paixão. São também baseados em respeito, confiança, amizade e união.
                A sociedade e a mídia acham normal uma adolescente se portar como se fosse uma mulher. Até incentivam isso! É só ver as novelas que percebemos os exemplos. Então, as meninas e adolescentes querem ser como a “gostosona” da novela das oito. As meninas de 13 já usam esmaltes vermelhos e toda a sensualidade como se fossem uma mulher de 27 anos.  E os meninos e homens adoram isso. “Pegar uma novinha é massa”, dizem. Só que quando a barriga da novinha começa a crescer, entram em desespero ou então, simplesmente fogem da realidade. O que está acontecendo é que os jovens não estão preparados emocionalmente e nem financeiramente para assumir a responsabilidade de criar um bebê. Com isso é gerado outros problemas como abortos, a saída da casa dos pais, o abandono dos estudos e do próprio bebê. De acordo com a ONU, 220 mil adolescentes no mundo engravidam todos os dias. Segundo o IBGE em 1996 no Brasil, 6,9% das garotas de 15 a 17 anos já eram mães. Esse número subiu para 7,6% em 2006. Segundo a pesquisa, as mulheres adultas esperam mais tempo para terem filhos enquanto as adolescentes estão tendo mais filhos.

                A geração de jovens e adolescentes atuais encontra-se com os valores éticos e morais desgastados. Um excesso de liberdade e informações levam esses jovens a banalizarem assuntos como o sexo. E essa liberação sexual juntamente com uma certa falta de limites e responsabilidade favorecem a incidência de gravidez na adolescência. Outro motivo que eleva essa incidência é a desestruturação familiar, onde temos pais sem tempo para dialogar, dando aos adolescentes uma liberdade sem responsabilidade. Os adolescentes passam a não dar satisfações de sua vida diária para os pais e só os procuram quando o problema surge. A desinformação e a fragilidade da educação sexual no Brasil também são questões problemáticas. A maioria das escolas brasileiras só preocupa em ensinar matérias cobradas no vestibular do que discutir com os alunos questões de cunho social. Assim, assuntos como gravidez, sexualidade, drogas, educação ambiental entre outros ficam somente em projetos esporádicos. Os professores e as escolas preferem ensinar uma equação de 2º grau, que o adolescente provavelmente nunca usará na vida, do que conscientizá-lo sobre essas questões de cunho social. O governo se limita às pouquíssimas campanhas que não se preocupam pela conscientização dos adolescentes, apenas pela informação do uso da camisinha. Isso não basta! Diante dessa realidade brasileira o número de pais e mães adolescentes cresce a cada dia.
                Tá certo, estou velha mesmo e careta com os meus 30 anos! Mas, pelo menos eu vivi a minha infância e adolescência podendo parar de brincar de casinha na hora que eu quisesse. Era só guardar a minha boneca e pronto! Ao contrário da realidade dos nossos adolescentes que “casam” e acham que estão brincando de casinha e cuidando de bonecas de verdade. Eles  brincam e podem nunca mais deixar de fazer isso. Por isso eu imploro: Pais, não adianta “socar” filhos neste mundo! Pensem no futuro e na educação que querem dar para os seus filhos! Não deixem suas crianças gerarem outras crianças. Estamos na vida real e não em uma brincadeira de casinha!

Documentário "Meninas"
Obs: Um dos melhores documentários brasileiros que já vi! Vale a pena ver!
 
 

segunda-feira, 16 de julho de 2012

A PALAVRA "VELHO"


Artigo baseado no documentário "Asilo"


                Lá estava ela sentada em sua cadeira de sempre. Olhos voltados para o horizonte, o semblante de quem viveu momentos sofridos na vida. Sentei-me ao seu lado, eu era uma curiosa adolescente na época. Ao ver-me sentar, ela abriu um grande sorriso e segurou em minhas mãos com muita força. Seu nome era Maria, como a mãe de Jesus... Dona Maria contou-me sobre a sua juventude nos anos 30 e como era cortejada pelos moços. Rindo, contou-me em detalhes como seu marido esquecera as alianças no dia do casamento. Seus olhos brilhavam e eu parecia estar diante de um filme lindo. Foi quando suas mãos apertaram mais as minhas. Seu rosto endureceu e fitou-me nos olhos. O brilho no olhar sumira e o que vi foram lágrimas rolarem. Dona Maria então contou-me como seu único filho a mandara para aquele asilo. Foi logo depois que seu marido morrera... O filho se casara e não podia cuidar dela, que estava presa em uma cadeira de rodas e não tinha nenhuma das pernas. Isso aconteceu devido a um acidente quando ela buscava lenha para fazer biscoitos para vender na feira e assim ajudar no orçamento da família.  Havia 10 anos que ela não via o filho. Com aquelas lágrimas nos olhos, Dona Maria dizia que o seu sonho era morrer, pois assim, sua alma poderia rever o filho no seu velório. Tempos depois, voltei ao asilo e tive a notícia que Dona Maria havia morrido. Alguns diziam que ela havia morrido de tristeza. Eu acho que ela conseguiu o que tanto sonhara...
                A história de Dona Maria se repete todos os dias em nosso país. Abandono é uma palavra dura. E é ainda mais dura na prática...  Vemos asilos cheios de idosos abandonados pelas famílias como se eles fossem algo descartável. E isto é apenas uma parcela dos casos de desrespeito com idosos que acontece no Brasil. Respeito é a grande palavra! E respeito era o que as tribos indígenas tinham pelos seus idosos. Os índios mais velhos, sejam homens ou mulheres, adquiriam grande respeito por parte de todos os outros índios. A experiência conseguida por muitos anos de vida os transformava em símbolos de tradições da tribo, porque eles tinham uma experiência muito grande para passar para os mais novos. Infelizmente não é o que acontece com as pessoas que herdaram a terra que eles viveram. O Brasil possui cerca de 19 milhões de pessoas com mais de 60 anos. O que representa mais de 10% da população brasileira, conforme dados do IBGE em pesquisas realizadas em 2009. Também segundo o IBGE esse número de idosos chegará a cerca de 32 milhões de pessoas no ano de 2025 e fará do Brasil o sexto em número de idosos no mundo. Mais de 80% da população com mais de 60 anos ganham pelo menos 1 salário mínimo, sendo parte proveniente de pensões e aposentadorias.  Apesar de estarem aposentados, muitos idosos continuam no mercado de trabalho.  Eles são responsáveis pelo sustento de 25% das famílias brasileiras. Nos casos de violência contra idosos no país, os principais agressores são os familiares, vizinhos e cuidadores.
                O Estatuto do Idoso diz que é obrigação da família, da comunidade, da sociedade, do poder público assegurar ao idoso com absoluta “prioridade” e efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade e blá, blá, blá... Fico indignada como no Brasil tudo só fica no papel mesmo! Onde neste país nossos idosos têm o que diz o Estatuto do Idoso? É só ver como eles são tratados em relação à saúde pública! Muitos morrem na fila de atendimento dos hospitais públicos. É uma vergonha decretar um Estatuto e saber que ele “nunca” será cumprido! É uma vergonha pertencer a uma sociedade que dá às costas para os seus idosos! É uma vergonha fazer parte de um mundinho de pessoas burras o bastante para não saber que, um dia, os idosos serão elas!
                No Brasil, a palavra “velho” significa gente cansada, gente que viveu demais, gente que tem a face cheia de sofrimento e que está esperando a morte. Idosos, nesta sociedade e neste sistema são pessoas que precisam ser jogadas foras porque não têm mais utilidade para os jovens. Só que esses jovens deverão se lembrar de que, em um futuro não muito distante, serão jogados fora também por essa mesma sociedade e por este mesmo sistema que eles tanto veneram!

Documentário Asilo Parte 1:
Obs: O Asilo mostrado no documentário é muito superior a muitos que existem no Brasil. Neste asilo os idosos são tratados com respeito, porém todo o respeito do mundo não substitui o apoio e carinho da família.



Documentário Asilo Parte 2:




quinta-feira, 28 de junho de 2012

O DEUS DO MUNDO


Artigo baseado nos documentários "A Servidão Moderna" de Jeans François Brient e "Capitalismo: uma história de amor" de Michael Moore


                Bem vindos à igreja chamada “mundo”! Vou apresentar-lhes o deus dessa igreja: Dinheiro! Sim, é absurdo pensar assim! Mas é a mais pura verdade. Já era o que pregava Jesus Cristo, Buda, Dalai Lama ou Gandhi! Já era Jeová, já era Alá! O nome do deus desse “mundo” se chama DINHEIRO!  Pense comigo só por um instante nessa analogia:
- Na antiguidade, as pessoas, para agradar ao seu deus, travavam guerras e massacravam populações inteiras. Isto acontece com o Dinheiro hoje, pois muitas pessoas estão travando guerras e matando em nome dele.
- Era atribuída a um deus a sobrevivência das antigas civilizações. Hoje é atribuída ao Dinheiro a sobrevivência das pessoas. Sem Dinheiro não se vive!
- Antigamente, em nome de deus, cometiam grandes atrocidades contra qualquer um, seja mulher ou criança. Assim, acontece hoje, pois pessoas indefesas são mortas em nome do Dinheiro.  
- As pessoas das “antigas civilizações” faziam tudo cegamente, obedeciam às ordens dos sacerdotes e religiosos que eram escolhidos por seus supostos deuses. Atualmente as pessoas estão obsecadas pelo Dinheiro, fazem tudo o que os bancos, as empresas e o que os governos querem.
A história sempre se repete, o que muda são os nomes dos “deuses” da humanidade! E o maior mandamento “Amai-vos uns aos outros como a ti mesmo”? Acho que a humanidade já se esqueceu dele... Hoje o mandamento oficial é outro: “Ame o Dinheiro, pois sem ele você não é ninguém”. Faça qualquer coisa por ele! Mate crianças, escravize trabalhadores, tire famílias de suas casas em nome da propriedade privada, venda drogas, venda o seu corpo, venda a sua alma para ele! As pessoas se tornaram tão dependentes do Dinheiro e do seu materialismo desenfreado, que ele tornou-se um deus que todos querem por perto. Assim como outras civilizações faziam sacrifícios humanos para os seus deuses, essa mistura de sistemas chamada de “capitalismo” faz milhões de sacrifícios humanos todos os dias por causa desse deus chamado “Dinheiro”. Mas, velhas profecias dizem que todo “deus” pune seu povo um dia. Talvez seja isso que esteja acontecendo no mundo que tem o Dinheiro como seu deus.
“Homem primata... capitalismo selvagem” dizia uma velha música dos anos 80. Livre empresa, intenção de lucros, competição: este é o capitalismo? Esse sistema, no qual vivemos inseridos, não é o capitalismo tão aclamado das “teorias”. Vivemos em uma mistura de sistemas que tem por objetivo gerar escravos ou como Wall Street mencionaria: gerar “livestock”, ou seja, “gados”! E gados têm que produzir carne e leite! É o que gera lucro para a classe dominante. Essa mistura de sistemas chamada de “capitalismo” é selvagem como o lobo que devora um cordeiro. É um estatismo com capitalismo que distribui uma síndrome de Estocolmo para os seus “escravos” chamados de classe proletária. Essa síndrome deixam os “escravos” apaixonados por seus sequestradores. Os EUA que o digam... Aproveitaram tanto da desgraça dos outros que agora estão pagando o pato. Estão sendo jogados para fora das suas casas pelo “governo” que deveria protegê-los. E muitos americanos continuam “amando” o governo e os bancos. E não é somente nos EUA que isso acontece: a Europa também está em uma grande crise. Resumindo: a população mundial vive uma “plutonomia”...
                Plutonomia é quando uma sociedade inteira é controlada para o benefício de apenas algumas pessoas, isto é, a burguesia. Podemos dizer que a elite burguesa com suas empresas e ações no Wall Street, o mais importante centro comercial e financeiro do mundo, é quem controla os 98% da população mundial. Wall Street é o berço dessa mistura de capitalismo selvagem. Nesse liquidificador de sistema, os que trabalham não lucram e os que lucram não trabalham. Só que esse modo de controlar a economia mundial pode estar com seus dias contados. Karl Max diz no Manifesto Comunista que “para oprimir uma classe é preciso poder garantir-lhe condições tais que lhe permitam pelo menos uma existência de escravo.” Condição de escravo... Pensemos neste termo...
                Essa mistura capitalista está ruindo tanto que não está dando nem condições de “escravos” à classe trabalhadora. É só ver as notícias nos jornais: criminalidade aumentando, desempregos, fome em todo o mundo, recessão econômica, guerras... Quem iria imaginar, décadas atrás, que a Grécia viveria uma crise econômica? Estamos em um mundo que é como uma bomba relógio, pois, pode explodir a qualquer momento. E existe muita gente que está lucrando com isso. A burguesia aprendeu que um pouco de medo funciona: gritam aos quatro ventos que o mundo está em recessão econômica. Então os administradores de bancos faturam bilhões com a expansão do medo. Veja o caso do dinheiro do resgate que o congresso americano deu para Wall Street e que foi usado para comprar outras empresas. Wall Street alegou que se não fosse emprestado o dinheiro a economia mundial iria sofrer.

                O deus do mundo está gordo de tanto se empanturrar de oferendas em um ritual macabro! Os sacerdotes são os bancos, os devotos são os burgueses, a igreja é o mundo e as oferendas são milhões de trabalhadores que são hipnotizados diariamente pelo olhar maquiavélico e sedutor desse deus chamado Dinheiro. “Suprimi a exploração do homem pelo homem e tereis suprimido a exploração de uma nação por outra” diz um velho ditado. Será que conseguiremos algum dia fugir desse ritual de exploração e descobrir que o verdadeiro Deus dissipa dos homens a ignorância e a ilusão? Será que vamos descobrir algum dia que o verdadeiro Deus nos faz livres e não escravos?

Algumas frases:
 
 “Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido.” – Dalai Lama

“Mais vale o pouco que o justo tem, do que as riquezas de muitos ímpios.” - Salmos 37:16

“Para criar inimigos não é necessário declarar guerra, basta dizer o que pensa.” – Martin Luther King

Documentário "A Servidão Moderna" de Jeans François Brient


 O Youtube bloqueou o Documentário "Capitalismo: uma história de amor" de Michael Moore. Então, estou disponibilizando o link para baixar este documentário. Vale a pena ver!!!



segunda-feira, 18 de junho de 2012

MENINA-MOÇA

Artigo baseado no assassinato da menina Araceli Cabrera Crespo em 1973




                Era uma vez uma criança com seus nove anos incompletos, mas com um corpo de uma moça. Olhos e cabelos negros, jeito de princesa, meiguice de criança.  18 de maio de 1973, a Menina-Moça sai da escola às 4:30 da tarde e caminha para o ponto de ônibus para ir embora. O seu herói, aquele que ela chamava de pai a esperava em casa para brincarem com o seu cão, o Radar. Radar era criado pela Menina-Moça desde filhote. Ela o batizara com este nome, pois dizia que ele seria capaz de encontrá-la em qualquer lugar...  Em frente ao ponto de ônibus, a Menina-Moça se distrai com um gatinho pequeno e peludo. Brinca com o felino e pensa em levá-lo para casa.  Toda sorridente com o gatinho nos braços, não ouve o grito de um amigo dizendo que ela iria perder o ônibus que passava em frente ao ponto. Era tarde demais... Tarde demais para pegar o ônibus e ir para a casa... Era tarde demais para sair com vida...
                A menina se vê perdida e desamparada no ponto de ônibus. Ela sabe que levará uma bronca do seu herói por chegar tarde em casa. Com os olhos marejados de lágrimas e as mãozinhas segurando o gatinho peludo, ela avista o seu triste futuro... Um carro bonito pára em frente ao ponto de ônibus. Era branco como o gatinho que a Menina-Moça carregava nos braços. A porta do carro se abre. Com um sorriso no rosto e com um sorvete na mão, ele oferece carona para ela.  A Menina-Moça receosa no início tem medo de entrar no carro. O gatinho, ao ver aquele sorriso maquiavélico vestido de anjo, começa a miar e a unhar a menina. Ela consegue dominar o animal e decide entrar no carro quando o homem do sorriso lhe diz que o gatinho está com fome e que poderá arrumar ração para o felino.  A Menina-Moça não sabia do plano diabólico que 2 homens traçaram para possuí-la como se ela fosse uma mulher.
                O homem pediu a Menina-Moça para chamá-lo de “tio”. Com seus olhinhos tímidos, a menina inocentemente perguntava por que o “tio” havia parado em frente a uma bonita casa. O homem do sorriso então explica que lá no sótão da casa havia ração e muitos brinquedos. Ela então sobe as escadas até o sótão. Como em um filme de terror, a menina avista aquele quarto cheio de coisas velhas, teias de aranha e cheirando a morte. Ela entra... A porta do quarto é fechada com muita força e o gato começa a miar alto. Havia mais um homem dentro do quarto. A Menina-Moça tenta gritar, mas leva um murro no rosto. O gatinho cai em cima do corpinho da menina desfalecida. Ele tenta fugir, mas é pego pelo segundo homem. Olhando para a menina desacordada, aquele homem quebra o pescoço do gatinho como se fosse um palito. Passado alguns minutos a menina acorda com uma dor horrível: seu queixo foi deslocado, seus dentes quebrados e seu sangue está por todo o lado. Ao mesmo tempo em que percebe isso, ela vê o gatinho morto ao seu lado. Ela começa a chorar de dor e de pavor! O choro incessante da menina chama a atenção dos 2 homens que estão cheirando cocaína em uma mesa do quarto. “Ela acordou” diz o homem do sorriso puxando a menina pelos cabelos. Ele a arrasta para o centro do quarto. Tirando o cinto das calças, o homem grita histericamente para que a menina faça um “carinho” no “tio”. A Menina-Moça, pensando ser um pesadelo, desmaia...
                Já era noite e a Menina-Moça não consegue distinguir as cenas que se passam. Já ia desfalecendo quando o homem do sorriso coloca alguma coisa em sua boca e a obriga a engolir. Era o LSD...  Ela sente muita dor, vê tudo distorcido, está toda molhada de suor, sêmem e sangue. Ela vê os monstros das histórias que sua mãe contava.  Eles estão rindo como se fossem demônios do inferno que o padre da igreja falava. Ela ouve música e gritos.  Era uma festa recheada de sexo e drogas onde ela era a atração principal. Homens fazem fila para estuprá-la e torturá-la. Seus mamilos são arrancados pelos dentes dos monstros da história de sua mãe. Sua vagina é dilacerada a dentadas pelos demônios que o padre da igreja falava.  Agora a menina já não era mais a Menina-Moça, era a Menina-Mulher dos demônios...
                Mais uma dose de LSD e a Menina-Mulher já não está aguentando de dor e de tantos monstros que ela vê. Ela quer que esse pesadelo acabe logo! O homem que matou o gatinho parece ouvir suas preces. Quando mais uma sessão de estupro vai começar, ele tem um ataque de fúria causado pelas drogas e a asfixia com as próprias mãos. A Menina-Mulher vai embora lentamente... Ela se lembra do seu cachorro Radar, das tardes de domingo brincando de pique esconde com seu irmão e da família reunida para ir à praia. Ela se lembra do herói que ela chamava de pai e do sotaque engraçado da mãe. Ela se lembra das suas bonecas e de todos os nomes que deu a elas. Ela se lembra do casamento de mentirinha que ela e o menino da escola fizeram. Ela se lembra do juramento que fizeram de que quando crescessem eles iriam se casar de verdade. E durante esse milésimo de sonho, ela se esqueceu de tudo que estava acontecendo. Então fechou os olhos e foi embora... Dias se passaram e os demônios assassinos resolveram ocultar o corpo. Um ácido corrosivo foi jogado sobre os restos mortais da menina para dificultar sua identificação. O corpo sem vida, nu e desfigurado foi jogado em um terreno baldio. A Menina-Moça tinha razão ao dizer que o cão Radar a encontraria em qualquer lugar... Ele, juntamente com o seu herói, a encontrou em uma geladeira de um IML do estado do Espírito Santo. O corpinho frio da menina desfigurada permaneceu na geladeira durante 3 anos desafiando as mais poderosas famílias do estado. Os filhos dessas famílias estavam sendo acusados do hediondo crime. Esses filhos são os demônios do pesadelo da Menina-Moça. No final da história, a justiça brasileira ajudou esses demônios a vencerem o corpo desfigurado da geladeira do IML...
                  Dia 18 de maio é considerado o dia nacional de combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. Dia 18 de maio, o provável dia da morte da nossa Menina-Moça chamada de Araceli Cabrera Crespo. Essa data, na qual era para tornar-se uma luta contra a exploração e o abuso sexual de crianças e adolescentes, não passa apenas de uma simples data. Até hoje existem demônios que matam e exploram nossas meninas e meninos. 39 anos se passaram e nada foi feito! 39 anos se passaram e a Menina-Moça caiu no esquecimento! 39 anos se passaram e os mesmos crimes de exploração continuam acontecendo! 39 anos se passaram e os mesmos demônios que mataram nossa Menina-Moça estão à solta nesse lugar que às vezes é céu e outras vezes é o inferno chamado de Brasil!

Reportagem do Globo Repórter em 1977 sobre o assassinato de Araceli (muito bom, recomendo assistir)

Parte 1:


Parte 2:


Parte 3:


Parte 4:


Parte 5:




terça-feira, 12 de junho de 2012

O GIGANTE FRANZINO


Artigo baseado no filme Gandhi 



                O velho o contou sobre o que se passava com o povo indiano nos campos. As colheitas não podiam ser vendidas e o povo não tinha dinheiro para pagar os aluguéis da terra dos latifundiários ingleses. Ele olhou para a esposa querida. Com aquele olhar, ela sabia que ele iria tomar uma atitude que iria mudar o rumo da história da Índia. Greve geral no país e 350 milhões de pessoas em oração. Nada funcionou, nem ônibus, trens, mercados nem ao menos um funcionário civil. 100 mil ingleses não podiam controlar 350 milhões de indianos se esses se recusassem a cooperar.  “Não existe beleza em um tecido, se ele causa fome e infelicidade.” Este era um dos pensamentos dele e da esposa querida. Então os indianos queimaram todos os tecidos que vinham da Inglaterra... Aquele homem teimoso, franzino e seminu, com pouco mais de 1,60 de altura fez a Inglaterra tremer de medo através de ações que não foram realizadas com luta armada, mas de forma pacífica. O nome desse gigante franzino e pirracento era Mohandas Karamchand Gandhi ou simplesmente Gandhi, o maior cristão que não era cristão!
                Ele concebeu e praticou a maior doutrina de não violência que a nossa humanidade poderia precisar. A doutrina do satyagraha foi criada com o auxílio de várias fontes como a Bhagavad Gita, o Sermão da Montanha de Jesus e as obras de Thoreu, Ruskin e Tolstói. Umas das formas que essa doutrina prega, é a da não cooperação com os atos maus. Na área política prega a forma de desobediência civil, através de uma resistência da população, numa base não violenta contra o governo. Gandhi elaborou um plano de reconstrução da Índia em que ele ensinava à população a união comunitária, a coragem, a consciência do bem social, a auto-assistência e a habilidade, a necessidade de força física e também das forças psicológicas e morais. Ele ensinava o povo a não odiar os ingleses arrogantes e nem os hindus ou mulçumanos arrogantes. Ele ensinava o povo a reformá-los, usando a não cooperação com os atos maus e através do amor e não do ódio. Uma das maiores vitórias de Gandhi contra o império inglês foi a desobediência civil e não cooperação nacional contra o monopólio britânico de comercialização e exportação do sal indiano. As pessoas indianas que moravam perto do mar não podiam produzir sal fervendo água, então para desafiar essa lei, Gandhi marchou 300 quilômetros e uma multidão de milhares de pessoas o acompanhou. Chegando à praia, ele e a multidão extraíram sal da água. A repressão por parte dos soldados ingleses foi violenta, com a prisão de 60 mil pessoas, inclusive de Gandhi.
                Ele era teimoso... E como era! Com o seu jejum ele acabou com revoltas violentas na Índia.  E os indianos deram até flores aos soldados ingleses... “Olho por olho só fará com que o mundo fique cego. A função da resistência civil é provocar reação. E nós continuaremos a provocá-los até que eles respondam ou que mudem a lei. Eles não têm o controle, nós sim. Essa é a força da resistência civil!” dizia ele. Fico pensando se a doutrina de Gandhi poderia funcionar no Brasil neste momento em que nossa sociedade está perdendo o controle da formação das novas gerações. É claro que essa doutrina pode funcionar no nosso país! É preciso urgentemente uma revisão do funcionamento da economia, da educação e da política para que surjam a liberdade, a igualdade, a solidariedade e um novo espaço discursivo para todos os cidadãos. Mas para isso acontecer é preciso o primeiro passo: a união do povo!
                Acho que já é hora de nós, brasileiros aprendermos alguma coisa com Gandhi. É hora de aposentarmos nossas armas baseadas no ódio, nas drogas, no egocentrismo de nossas vidas, na violência, na futilidade de nossos atos e pensamentos, nos assassinatos e nos roubos. É hora de lutarmos com outras armas que tenham como munição a informação e a não cooperação com os atos maus. É hora de lutarmos não uns contra os outros, mas de nos unirmos por uma causa que faça o nosso país livre. É hora de acordarmos para o que acontece ao nosso redor e com o nosso povo! Através da resistência civil acharemos o caminho da união de todo o nosso povo. E quem está preparado para esta resistência? Quem está preparado para olhar com outros olhos o próximo? Como diz Gandhi: “Eles podem torturar o meu corpo, quebrar os meus ossos até me matar. Aí eles terão o meu cadáver, não a minha obediência.” Quem está preparado para pensar como Gandhi? Eu estou preparando-me e você?

Filme completo (aproveitem para assistir enquanto o You Tube não o tira do ar, pois ele já foi proibido em alguns países como Paquistão, Camboja e Alemanha)



terça-feira, 5 de junho de 2012

PRAZER TABELADO


Artigo baseado no filme "O céu de Suely"


 “Menina Mulher apaixonada, foge de casa e volta abandonada
Com um filho nos braços, o que deveria ser o céu tem sabor de fel
O bolso vazio e o coração sombrio anunciam a venda do corpo vadio
O futuro da Menina Mulher vem vindo, destruindo seus sonhos tão divinos
Os primeiros passos são dados: absoluta, ela se tornará uma prostituta.”

             Estes versos podem resumir a história de Ermila, a Menina Mulher de codinome Suely. Abandonada pelo pai de seu filho, ela volta para a sua cidade natal. Sem dinheiro, sem qualificação profissional, morando em uma cidadezinha do interior onde não há empregos suficientes para toda a população e com um filho para sustentar, Ermila decide tomar uma atitude para sair da cidade: ela rifa seu próprio corpo. Ao fazer isso, ela provavelmente está dando os primeiros passos que muitas garotas dão todos os dias. São os passos para a prostituição.  
                Para analisar a motivação que levam milhares de garotas a entrarem no mundo da prostituição, temos que entender a organização social no país. As desigualdades sociais, ou melhor, este sistema econômico ridículo onde poucos têm muito dinheiro e muitos mal conseguem sobreviver, é um dos fatores principais que levam à prostituição. Em muitos casos, famílias inteiras são sustentadas por mães ou filhas que são prostitutas. Outros casos são de mulheres que são obrigadas por cafetões a se prostituírem. Mas existem outros fatores que estimulam a prostituição como a busca por uma boa condição financeira que permita um maior consumo dos produtos e serviços que o marketing moderno está o tempo todo martelando na cabeça de todos. Além disso, muitos veículos de comunicação, como programas televisivos e anúncios publicitários brasileiros exploram o corpo das mulheres e o erotismo feminino para fins comerciais. Promovem uma valorização exagerada do corpo e da sexualidade, exibindo a mulher como se fosse uma mercadoria.
                Exemplo disso é a personagem Suelen de uma novela da Globo que eu nem me lembro o nome. Confesso que fiquei chocada com as únicas cenas que eu vi! E em pleno canal aberto e em um horário que possivelmente muitas adolescentes estão vendo. Essa personagem, que deu a entender que já transou com todos os personagens masculinos da novela, tira a roupa e transa com o médico para este afirmar para todos que ela estava grávida. Então, o que se via depois foi um bando de marmanjos correndo atrás da periguete querendo assumir o falso filho. Onde isso acontece na vida real? E parece que nossas meninas estão aprendendo direitinho com as novelas da Globo. Nos últimos dias circulou um vídeo na internet em que uma garota de 15 anos dançava em uma sala de aula como uma dançarina de cabaré e se insinuava para o professor. Adivinhe quem foi a única pessoa a pagar o pato? Lógico que foi o professor! As nossas meninas nem precisam de filmes pornôs para aprenderem as coreografias sensuais, nem de aulas particulares de polidance e nem de vídeos ou livros sobre o Kama Sutra, pois elas já têm a televisão para ensiná-las tudo sobre a arte da sedução. Já estão preparadas para quem sabe depois entrarem para o mundo da prostituição.
                Outra motivação alarmante para nossas meninas se prostituírem é o uso de drogas. Um levantamento feito pelo Grupo UN aponta que 48,8% da prostituição no Brasil é motivada pelo uso de entorpecentes, em especial o crack. Os piores resultados então nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, onde as mulheres vendem seus corpos por uma ou duas pedras da droga. De acordo com este mesmo levantamento, de janeiro a outubro de 2011 a prostituição no Brasil teve um salto de 78% se comparado ao mesmo período do ano de 2010. Garotas entre 12 e 18 anos representam 40% do número de prostitutas no Brasil. João Pessoa, capital da Paraíba, é a cidade brasileira com maior número de adolescentes envolvidas na prostituição, 25% delas fazem sexo unicamente para manter o vício nas drogas. As garotas fazem programas que variam de R$ 20 a R$ 50 reais, a maior parte do dinheiro vai para a compra de drogas, que associada ao alcoolismo, gera um problema social ainda longe de ser resolvido.
                E como sempre, todo mundo acha super normal as nossas meninas dançarem melhor que dançarinas de cabaré! Todo mundo acha super normal uma adolescente querer o celular mais caro da loja! Todo mundo acha super normal os bate papos dos nossos adolescentes! Todo mundo acha super normal uma garota cair na putaria de muitas baladas, beber e vomitar até desmaiar! Todo mundo acha super normal a garota do sexto ano se exibir como se fosse uma atriz pornô! Todo mundo acha super normal e até engraçado o papel de periguete da atriz global! Todo mundo acha super normal uma garota de 15 anos engravidar! Todo mundo acha super normal a garota de 20 sustentar uma família inteira com a venda de seu corpo! Todo mundo acha super normal a menina de 12 ser viciada em crack! É... Ou eu sou um ET ou eu acho que estou ficando velha e careta!

Filme completo "O céu de Suely"


Reportagem "Aluna faz dança sensual para professor dentro de sala de aula no RS"